domingo, 29 de novembro de 2009

Como é o custo do governo brasileiro

Uma das épocas das minha vida, acabei prestando ou tentando prestar serviço ao IBGE no sistema de Senso. Acredito que o presidente era Itamar Franco. O Sr. Topete. O que vou explicar ou tentar não é uma questão deste ou daquele partido, mas de uma cultura que esta enraizada dentro do governo e obviamente faz parte da cultura popular.
Na época não havia necessidade de competir com ninguém para conseguir a vaga, já que havia mais vagas que concorrentes. Assim fizeram aulas dirigidas ao senso e depois ministraram uma prova do sistema. Eu estava em uma situação péssima, pois sem emprego e tentando arrumar meios para poder desenvolver um livro sobre a história de uma das cidades da metrópole paulistana. Assim sem recurso nenhum. Além disso tinha que me locomover distancias imensas para chegar ao colégio que estavam sendo ministradas as aulas. O IBGE garantia que pagariam o custo do transporte e não sei se do lanche também.
Errei feio em uma questão que teria um peso elevado no exame e fui reprovado. Confundi o sistema. O erro foi meu.
Porém teria que receber o valor gasto. Estava a zero. Aquele dinheiro era prioritário para mim. Simplesmente teria que esperar o dinheiro chegar. 
Isso é ridículo. Era coisa se fosse hoje algo em torno de R$ 100 a 200, se tanto. Foram 2 ou 3 semana para conquistar a grana. Tive que arrumar emprestado, para poder viver.
Por que isso ocorreu?
Pela burocracia. A burocracia no Brasil é um emaranhado de conceitos que nada tem haver com a realidade da coisa. Com a desculpa do roubo ou da corrupção, se criam sistemas onde se procura eliminar todas as consequências de desvios. Supostamente, já que o governo antes de 91 fornecia subsídio para entidades filantrópicas que prestavam serviço à população. Isso acabou mudando com o escândalo dos anões do orçamento, onde inúmeras entidades eram apenas de fachada e se desviava recursos em proveito próprio. Inúmeros deputados envolvidos. Mudou o sistema e se criou o conceito de ONG(organizações não governamentais) apesar do nome, sobrevive com recursos do governo. Os escândalos sobrevivem, mas as punições não ocorrem, apenas se abafa, como o caso da Senadora Ideli Salvatti, que seu marido tem várias situações mal explicadas sobre a gerência dos recursos das ONGs por ele administradas, além delas existe as ONGs ligadas ao MST, que o governo insistem em afirmar que não repassar recursos para o MST. Além de ONGs ligadas ao PT, que ministram aulas para analfabetos que não possui um único aluno. Quer dizer, são recursos públicos que forma desviados.
Assim acreditar que a burocracia é o elemento importante para se evitar os desvios de recursos, trata-se apenas de balela. Recentemente tem se visto inúmeros desmontes de quadrilhas envolvidas com o INPS, e o sistema foi totalmente informatizado.
A anos fui em uma divisão do INPS no Recife e também na Receita Federal em uma de suas agências setoriais em bairros de São Paulo. Em Recife tínhamos 5 mesas com 3 delas sendo ocupadas por funcionários e em nenhuma vi um papel sobre a mesa ou uma máquina de calcular ou de escrever e as três funcionárias nada faziam além de conversar. Na Receita eu não vi ninguém mas sinceramente havia um número de mesas que criava um labirinto enorme para que se pudesse chegar ao outro lado. Mas o estranho é que não havia nada sobre a mesa, nem mesmo a foto de família do funcionário que a ocupava ou mesmo um guarda lápis, ou um telefone ou uma cadeira. Quer dizer deveriam ser sucata.
Muito dinheiro é desperdiçado e muitos recursos humanos também.
Quando D.João VI veio para cá e criou-se a burocracia. Como ele muito marotamente não desejava pagar ninguém todo o serviço publico era cobrado por que o utilizasse, o cartório de notas ou de firmas é uma das reminiscências disso. Quando se queria fazer um favor ou pagar um favor feito, nomeava-se esta pessoa a algum cargo e assim retribuía-lhe o favor. Mas todo o sistema tem sua saturação e assim como havia a necessidade de se retribuir outros favores se criava dificuldades para poder empregar mais apaniguados e assim satisfazer as forças políticas que davam sustentação ao governo. Assim o governo só muda pela pressão de alguma força.
O povo tem muita força, porém não a usa. A esquerda brasileira optou por uma  transformação pela força bruta com ações violentas onde muitos perderam a vida. Hoje ainda por influência dessa loucura tanto de um lado como do outro, temos verdadeiros guerrilheiros instalados em favelas e morros no Rio e em São Paulo. Vivemos em constante perigo sem estarmos oficialmente em guerra, mas oficiosamente com toda a certeza.
E essa guerrilha urbana, não esta procurando uma melhoria de condições de vida melhor para todos, mas melhorar a sua situação financeira pessoal. Apenas um reflexo do que o congresso e o governo fazem com o povo. O Judiciário é o que mais pende para um lado e outro, com decisões estapafúrdias como a destituição de governadores, que são da oposição e colocar governadores da situação, ou mesmo a decisão de extraditar um assassino notório e dizer que a decisão não é sua mas do Presidente. Ou então um dos dirigentes do PT que recebeu um carro de brinde de uma empresa que conquistou uma concorrência na Petrobras. E recebeu apenas trabalho comunitário de algumas horas diárias, como punição de sua conduta nada ilibada.
Assim, partirmos para o confronto direto contra os governantes é suicídio, eles tem armamentos muito melhores que o que podemos arrumar, além disso seremos outros terroristas como qualquer traficante.
Gandhi se valeu da greve de fome ou jejum no caso dele para impor suas idéias ao Império Britânico e graças a II guerra mundial, que faliu com as finanças britânicas, conseguiram a sua tão sonhada liberdade em 1949.
Forma uma junção de fatores.
Atualmente mandar e-mail para parlamentar tornou-se pura perda de tempo. Pois eles deletam. A nosso única chance de resposta é através de entidades com poder como a CNBB, que mandou um proposta para aprovação da proibição dos políticos ficha suja não poderem ser eleitos, mas que sofre com a obstrução na câmara para ser aprovada antes das eleições, assim se for aprovada, com ressalvas, apenas para as eleições de 2012. Ninguém legisla contra si. 
Assim nossa resposta tem que ser dada nas eleições, primeiro não votando em corrupto, outra votando nulo pelo sistema não representar com fidelidade as nossas opiniões, principalmente para deputado e senador. Basta acompanhar o que vem ocorrendo no Senado para notarmos que os que lá estão não merecem ser chamados de cidadãos, mas de um termo mais jocoso que não me é permitido externar mas tem muito haver como o verbo Malufar.
Assim ou nós impomos nossa vontade de decência e organização ou continuaremos pagando impostos altíssimos e teremos que dar choques na economia a cada governo corrupto que se apropria do poder falindo o Estado e desrespeitando a lei de responsabilidade fiscal como o atual.

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