quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Vale-cultura, mas já virou ticket-gibi

Trecho da coluna do Gilberto Dimenstein,   na Folha.
"Foi aprovada uma emenda no Congresso permitindo que o vale-cultura seja usado para comprar jornais, revistas e gibis. Senadores argumentaram que, com isso, revistas como a "Playboy" seriam beneficiadas, mas a emenda foi aprovada assim mesmo."
Com toda a certeza o famosos catecismo do Carlos Zéfiro, também serão beneficiados com este beneplácito de nossos senadores e deputados, afinal o povo necessita de cultura, instrução. 
Que isso seria importante do ponto de vista mercadológico e político-cultural, sim sem sombra de duvida.
O que vem ocorrendo. Mercadologicamente os jornais impressos vem perdendo mercado com o avanço da internet pois se pode acompanhar os acontecimentos do dia em inúmeros sites noticiosos e em blogs especializados de política. Isso forneceria meios para que os grandes jornais tomassem fôlego e fizessem a transferência para a internet, o que já vem ocorrendo em alguns dos grandes jornais.
A questão político-cultural seria interessante, para que o brasileiro mais humildes possam ter contato com as notícias e o que vem ocorrendo no país, isto serviria para que ele pudesse formar uma opinião política e lutar pelos seus interesses e compreender que eles pagam os impostos e assim o mal uso do dinheiro publico prejudica significativamente o atendimento da sua saúde, a perfeita apreciação do aprendizado na escola de seus filhos e a sua segurança no dia a dia, além de limitar o número de postos de trabalho.
Mas infelizmente o povão não tem interesse em ler assuntos políticos o muito seria ler a página policial ou a esportiva sobre futebol.
Assim o melhor seria colocar os 2 bi que se pretendem gastar com esse beneplácito, nas escolas de ensino fundamental promovendo melhores recursos para o aprendizado. Que é a opinião do Gilberto Dimenstein, e concordo com ele.
Mas 2010 é ano eleitoral, o Lulla pretende eleger a desconhecida Dilma, e ele já afirmou que fará o seu sucessor. A mesma coisa que o Quercia fez com o Fleury, um promotor desconhecido que foi alçado à secretário do Governo estadual, sem nenhum conhecimento político ou conhecimento do eleitor. Foi eleito. E a frase símbolo dessa campanha proferida pelo próprio Quercia foi:
"Quebrei o Estado, mas fiz meu sucessor."
Outro fato semelhante foi a prefeitura da capital paulista, quando Maluf era prefeito e um de seus secretários era um ex-funcionário da Eucatex, sua empresa familiar, se tornou o desejo de Maluf como seu substituto na prefeitura. Um desconhecido, sem vivencia de Estado ou de política publica e Maluf resolveu que seria o prefeito da cidade. Assim Pitta acabou sendo prefeito de São Paulo, destruindo todas as finanças da cidade. A frase símbolo dessa campanha, dita pelo Maluf foi:
"Se o Pitta não for um bom prefeito, nunca mais votem em mim." São Paulo quebrou e Maluf virou deputado federal, com uma votação expressiva.
Agora corremos o mesmo risco de falirmos o Brasil com uma senhora que sabia organizar assaltos, mas não sabe administrar pessoas, assim deverá seguir a política Lullista, o famoso é "dando que se recebe e se mantêm o poder".
Assim temos um vale-cultura, que de utilidade será apenas para o circo da população, nunca a cultura. Como disseram; Mulher pelada também é cultura.