terça-feira, 16 de novembro de 2010

A corrupção


A vida sempre demonstra seu descontentamento nos momentos mais críticos possíveis, para marcar a verdade e a ponderação sobre a sua realidade.
Eu e muitos outros criticamos veementemente o governo Lulla, não que ele não merece-se, mas essas criticas se tornaram extremadas e pouco efeito teve dentro do contexto político da nação.
Isso se deve à típica conduta do líder e de seus associados, que extremaram os ataques e a ganância pelo poder afloraram em todos os aspectos, se perdendo o nível de ética que seria salutar à república como o cumprimento das leis da nação pelo Sr. Presidente, o que não ocorreu.
Agora se passaram as eleições e ao menos não teremos Lulla desbocado e falastrão na presidência. Se a discípula será melhor ou pior só o tempo dirá, mas o importante é que ele não mais estará lá.
Ocorreram coisas boas em seu governo que foi de sua responsabilidade, como o aumento do salário mínimo, o PROUNI, que interpretaram como sendo um empréstimo, mas é efetivamente uma bolsa de estudo sem pagamento futuro da parte responsabilizada pelo sistema, apenas os que recebem 50% de bolsa, se precisarem se submetem ao empréstimo para poder pagar a parte que lhes cabe.
O Bolsa-família é um projeto necessário, mas o transformaram em uma captação de votos oficializada e perdeu todo o seu vinculo com o seu objetivo inicial que era de se colocar criança na escola e assim evitar o trabalho infantil. Que agora pretendem enviar pelo celular ( um contra-senso alguém ter celular e receber bolsa-familia), sendo a principal desculpa o fato de não ter caixa eletrônico ou agencia da caixa nos ermos desse pais, como se também teriam sinal para fazer a ligação. Ele funcionaria como o cartão do bolsa-família e pela igualdade de fatos, apenas transformará o bolsa-familia em um provedor de créditos telefônicos e nada mais.  
Quem perde com isso é o Brasil e os beneficiados que acreditam estar levando alguma vantagem no processo. E assim fecham os olhos para a corrupção, pois também estão levando vantagem no processo. Este foi o grande erro do Collor, acreditou que somente ele poderia ou deveria levar vantagem e acabou sendo impedido de continuar no governo.
Todo e qualquer presidente terá que se valer de forças políticas ou interesses econômicos que permitam sustentá-lo no governo e assim a distribuição de cargos no ministério publico, para permitir o controle destas forças ao mercado de forma geral.
A corrupção acontece desde D.João VI (talvez antes com Cabral entregando espelhinho para os índios) que como não tinha dinheiro ao aqui chegar, promoveu a mais ampla venda de cargos públicos para poder constituir um Estado. Esse foi o preço que pagamos para seremos uma nação e desta dimensão. Além de ainda termos pago (apesar de todo ouro, pau-brasil, gado, açúcar que retiraram daqui e enviado para sustentar Portugal) a nossa independência por danos que Portugal poderia ainda ter com a perda de seu patrimônio.
O que necessitamos é sermos conscientes que as forças políticas que geram o país são por si só corruptas sempre. Não importando se o líder é digno ou não. Pois como essa força é composta por homens, que individualmente terão os mais variados defeitos e um deles será obviamente a corrupção.
Então não existe o mais corrupto ou o menos corrupto, mas o mais inteligente para lidar com esse sistema e poder coibi-lo a seu mínimo possível e assim gerar mais benefícios à população.
Esta no momento da população e me refiro ás classes mais abastadas da nação, pois são elas que se beneficiam de toda corrupção reinante, mudar seu procedimento e cobrar maiores responsabilidades aos governantes, pois como disse o Temer em um momento de extrema honestidade, que deveriam coibir os abusos no legislativo, pois era premissa dos que financiam as campanhas políticas.
Esse ainda é o limite que temos. Quando for instituído o financiamento publico de campanha, nunca mais teremos controle sobre os políticos, pois não necessitaram mais dos empresários e muito menos do povo para continuarem no governo, bastando apenas o habitual panen ET circus que o Lulla soube muito bem realizar nessas eleições.

domingo, 7 de novembro de 2010

Os anos 60 - 70

Estive pensando sobre a grande revolução dos hábitos que ocorreu nas décadas de 60 – 70.
São Paulo sempre foi um Estado de transformações. Mais pelo seu poder econômico que por uma cultura própria da população. Como a migração era forte no Estado muitas informações distintas passeavam dentro do seu cotidiano e muitos brasileiros talentosos aqui se encontravam por termos mais condições econômicas que o resto do país.
A TV surge aqui, porque tínhamos a indústria desenvolvida e como existia a necessidade de publicidade podiam sustentar a novidade televisiva. Além de existir um bom mercado consumidor na capital. Mas isso tudo foi possível com a imigração. Foram os europeus que nos deram a base para nos tornarmos o Estado que somos hoje. Sendo mais honesto, forma os bandeirantes os precursores disso. Com o seu arrojo e sentido aventureiro deram uma personalidade ao Estado que congregou todo país em um solido bloco nacional. Os europeus imigrantes forma os que introduziram a  cultura européia do Século XIX junto aos nativos brasileiros e portugueses do começo da república e do inicio do Século XX. Tivemos a imigração até os anos 50 depois ela se tornou mais pontual, mas sempre direcionada pelas guerras que aconteciam em outros países ou na implantação de regimes de exceção.
Com o surgimento da classe operária, com ela também surgiu o anarquismo e o marxismo. Duas filosofias que foram criadas pela revolta e contestação que se faz de amorosa e reivindicam a efetiva prática da filosofia cristã.
Ambas em seu contexto geral são mais próximas ao contexto cristão como no caso do marxismo onde transforma todos em uma grande família ou o anarquismo que aceita a liberdade alheia como algo universal, mas nos detalhes oprime e extingue pessoas e expectativas.
O Capitalismo está mais afeito à índole competitiva do homem, onde se vence obstáculos e se progride através do risco de errar. Assim mais natural à personalidade geral do homem. Perdemos a competitividade quando atendemos as necessidades básicas de subsistência. Assim em algumas situações onde existe a garantia de emprego vitalício e um salário compatível além da satisfação de estar exercendo uma função agradável, vive-se em um paraíso utópico em relação ao restante da população que sobrevive das agruras das incertezas.
Assim possuímos uma variação critica de sistemas filosóficos interagindo dentro de um mesmo espaço e assim criando o choque.
Este foi o choque dos anos 60 – 70. Onde na verdade tínhamos uma sociedade fortemente materialista, repressora e patriarcal, onde toda a rebeldia da juventude da época conseguiu transformar nos anos vindouro em algo mais liberal no sentido ético.
A grande transformação que não se conquistou, foi a mais básica de todas elas; A ACEITAÇÃO DO PRÓXIMO. Essa foi a grande mudança que foi promovida e que pouco se conquistou com ela. Ainda temos e em  publicidade governamental a luta de classes que não existe, pois são interdependentes uma das outras, pois sem a Classe E não existe a Classe A.
A homossexualidade que deve ser aceita como opção pessoal e não como um mal social, mas sendo punida a indução de outros à sua prática.
Compreender a cultura distinta das regiões brasileiras e aceita-la com suas deficiências e políticas regionais distintas para levar o progresso á todas as regiões do país, sem na verdade optar pelas mais fáceis como o desmatamento amazônico, pois o custo posterior é muito maior que o lucro auferido com o desmate.
Ter a mulher como aliada e não como uma competidora no jogo do amor, onde elas ainda esperam o príncipe encantado e o eles a santa caída do céu. A mulher ainda não compreendeu que as caricias que tanto desejam nada mais induzem, do que tornar o homem o cafajeste que tanto elas abominam. A mulher não procura o amor, mas a caricia, o desejo de ser proclamada a mais bela a mais saborosa, a mais excitante. O homem em contra partida tem a necessidade insana de acalmar a sua libido extremamente volúvel, para que possa retornar a pensar com o seu cérebro e não com a cabeça. Assim eles aprendem o que as mulheres desejam e elas tentam se vingar quando percebem que foram iludidas com aquilo que desejaram.
Na verdade a revolução cultural dos anos 60 -70, apenas liberou das amarras seculares do sexo, mas não produziu uma compreensão sobre a responsabilidade que cada um possui sobre a sua própria vida e que é o único responsável por toda dificuldade que possa ter na vida, seja ela política, pelos políticos que coloca no poder, ou pelo simples envolvimento com pessoa que tem padrões distintos dos seus.
Ainda temos um caminho muito longo para seguir e de transformações onde a disputa extrema pelo poder apenas induzirá ao retardamento desse desenvolvimento. Temos a necessidade da liberdade para podermos perceber o que é melhor ou pior para nós. A opressão da Igreja sempre foi decantada como um grave problema para o desenvolvimento humano, mas alterarmos a religião para o tirano estado, estamos apenas mudando seis por meia dúzia e isso apenas será frustrante e dificultará terrivelmente a nossa evolução humana.

sábado, 6 de novembro de 2010

O preconceito

Atualmente se tem falado muito sobre isso e de uma forma a vender com muita sutileza a vingança tão longamente aguardada. Isso já se denota no próprio governo que por todos os meios deseja fazer com que os torturadores de outrora sejam punidos na atualidade.
O preconceito na verdade é o medo, a inveja, a desforra, a vingança, o rancor sendo externado de uma forma mais generalizada permitindo que todos possam compartilhar da idéia. Assim aquele que por inveja deseja prejudicar outro usa de um artifício genérico, como a cor, a riqueza, a pujança, a preferência sexual, ou menos a opinião como meio de tolher aquela pessoa e outras pela semelhança.
Não é fácil ser perseguido, mas será que existe alguém aqui nesse país ou em qualquer outro que nunca foi perseguido, seja por uma mulher, por uma amante, um chefe, um inimigo ou mesmo por um assaltante oportunista. Todos já foram, de alguma forma, perseguidos por algum motivo. Para cada pessoa não existe pior perseguição pela qual é impingida a própria pessoa, não importando o grau, se podemos, de alguma forma, dimensionar o ódio.
Assim não há preconceito maior ou menor, apenas preconceito.
Agora, quem gera o preconceito, qual seria o seu perfil?
Existem motivos racionais, mas também temos motivos inconscientes que causam desastres como os conscientes.
No caso do negro e no Brasil, era relativo ao medo deles em algum momento se rebelarem e tomarem o poder, pois eram em maior número que os brancos. Assim destruir-lhes o amor próprio foi a grande alternativa encontrada para que eles pudessem ser controlados. A mesma coisa se fez com os empregados fabris, sejam eles europeus imigrantes ou nordestinos retirantes. Ainda hoje em fábricas se denota chefias rudes que gritam desbragadamente com o seu funcionário, apenas para impor a ordem como um feitor de escravos. Essa foi a experiência e verdade que o nosso revanchista presidente aprendeu como arma de liderança e se sentindo humilhado, ofende o presidente anterior por ser apenas um homem culto. Curso da sua inveja. Assim temos um governo de ódio para favorecê-los no poder e na riqueza.
Vamos usar um fator mais contundente, com cores berrantes. A homossexualidade masculina. Existem aqueles que humilham e chegam até a bater e assassinar tais pessoas. Na verdade qual é a informação contida em seu inconsciente?
A homossexualidade seduz, pela necessidade de sexo que o indivíduo tem e não ter uma certeza sobre a sua preferência sexual, mas possuir sérias dificuldades em se relacionar com o sexo oposto, por receio ou medo de ser rejeitado.
O relacionamento homossexual é o mais fácil pela desinibição de ter convivido durante toda a sua infância e juventude com o mesmo sexo, assim é o mais fácil de perceber a intenção entre os convivas. Isso preocupa o inseguro que se sente atraído, pela sua necessidade instintiva de sexo e sua falta de compreensão sobre si mesmo. Isto não quer dizer nem que este novo indivíduo seja ou não seja homossexual. Apenas quer dizer que ele não se conhece o suficiente sobre si próprio.
A homossexualidade se baseia em duas formas distintas, uma por pura escolha e outra genética, onde há uma tendência ao relacionamento com o mesmo sexo, por estar ligado ao comportamento sexual humano, os genes que definem a dança da conquista.
Assim o indivíduo que sente alguma atração pelo outro, pela sua própria carência ou pela incompreensão de seus sentimentos e escolhas pode por rejeitar em si os sentimentos se tornar agressivo, agredindo o outro pela escolha concretizada. Assim o preconceito.
Cada lado com o seu histórico. No caso a lei sobre homofobia que querem que seja aprovada no congresso, parece mais um reflexo da rejeição que sofreram, por não terem conseguido conquistar os seus alvos do mesmo sexo que na verdade uma real proteção da sua integridade física, moral e da dignidade perdida.
As leis que existem podem satisfazer boa parte das necessidades que todos temos de justiça, porém o que elas têm que ser, é aplicadas e não termos um acúmulo de leis redundantes que apenas travaram o desenvolvimento realista do país, além de criar mais desunião e rivalidades entre o povo.
O preconceito ao negro não é por que o branco pode se tornar negro, mas a homossexualidade sim, e assim há agressão física, pois é a tentativa de se matar em si a própria excitação sentida.
Assim o problema do preconceito esta contido nos defeitos humanos e nuca será compensado com terras, dinheiro ou prisão, mas com conscientização, educação, informação e desenvolvimento pessoal. Negar o que existe é o melhor caminho para que tenhamos uma sociedade injusta e patriarcal, onde poucos privilegiados poderão ter o conforto de se isolarem e viverem no mundo da fantasia como virou Brasília.
Assim o problema do preconceito deve ser encarado com sabedoria, e não com leis limitantes, mas com educação, que não é o principal tema desse governo.