O
tema é esse, a legalização da Maconha. Existem vários aspectos que isso deve
ser discutido pela sociedade, agora o principal é que o governo não é o pai de
nenhum cidadão é apenas o responsável pela civilidade e manutenção de um estado
de direito e das propostas constitucionais.
A
legalização da maconha, passa pela legalização do aborto, mas pelo amor de Deus,
nunca pago pelo governo. Frisando: NUNCA. Afinal quem fez que cuide e se vire
para agir conforme a sua consciência. Além desses dois temos o jogo, a
prostituição e tantos outros vícios que estão por ai e que devemos saber como
agir com eles. Proibi-los é o meio mais burro que existe e que a Lei seca
americana já comprovou que apenas enriquecem corruptos e matam inocentes que
não bebem, fumam, se drogam ou jogam.
Todos
esses vícios são pessoais e com a proibição são os outros que morrem, no caso
da maconha teria o mesmo problema do cigarro, mas o jogo não afetaria ninguém
além de quem joga. O Aborto seria a mesma coisa. Se drogar seria um caso
pessoal como a bebida onde os que se excedem cometem atos tresloucados, mas
controláveis e a vergonha sempre é uma arma útil, apesar do PT.
Obvio
que qualquer coisa que colocamos para dentro do organismo como o ar poluído de
São Paulo nos faz mal, mas aceitamos por que ainda não há meios de termos um
meio de transporte individual ou coletivo que não consuma óleo diesel, com
exceção dos ônibus elétricos e bondes que seguem um caminho sem poder
interromper ou mudar de sentido, assim não exigimos que tudo seja feito por ônibus
elétrico e aceitamos o combustível fóssil.
Vejam
que por causa dos traficantes muitos morreram por bala perdida e muitos
morreram, pois entraram em uma disputa, seja com uma gangue rival, seja com a
polícia. Tanto policiais como traficantes morreram nessa disputa e inocentes
foram pegos pelos tiros cruzados. Agora mais morreram por que se envolveram a
tentar querer justiça por mortes de supostos inocentes que na verdade apoiavam
os traficantes ou simplesmente era dedo duro e acabavam sendo justiçados no
local que vivia.
Os
custos sociais com a proibição são enormes, pois sempre irá existir um mercado
negro que vai se beneficiar da oferta e procura que o mercado formal não quer
ou não pode atender.
Se
olharmos pelo lado do viciado, ou de quem aborta, ou de quem joga, ou de quem
bebe, ou de quem fuma, será que somos RESPONSÁVEIS pela vida deles? Veja que
eles entraram nessa por que quiseram, seja por que lhe ofereceram e quiseram
experimentar, ou por que ficou curioso e o bicho do vício o pegou pelo
colarinho.
Desculpem
isso é questão de educação ou de responsabilidade com seu próprio corpo. Quem
quer se viciar seja no que for vai fazer isso. Todo mundo sabe que hoje querer
ter uma filha virgem é raridade, por que elas se quiserem experimentar ou
desejarem pela sua libido, vão encontrar um meio de realizar o desejo. É a
vontade que comanda a vida e como vontade podemos dizer que são os sentimentos
que comandam a vida. Exatamente por isso que a proibição é ineficaz sobre isso.
Obvio
que uma liberação forçará um aumento no consumo mais ou menos imediato, mas que
irá se estabilizar depois de um tempo, que pode ser variável dependendo de como
isso for feito.
A
única arma que o homem tem sobre a sua vontade é a consciência, ou a razão.
Pelo raciocínio e lógica se pode mudar o que se sente ou tem vontade.
Vou falar de algo pessoal. Fui fumante por 38 anos
aproximadamente. Existe uma questão especial de pessoas que me ajudaram
permitindo que ficasse doente. Fiquei com pedras na vesícula, mas houve possibilidades
de soluções, não de cura, mas de limpeza do ducto colédoco que permitiu que a
bilis continuasse a fluir em direção ao duodeno.
O fato interessante disso foi que quando a bilis entrava diretamente na
corrente sanguínea a vontade de fumar desaparecia, mas eu queria fumar, pois
gostava, talvez ainda goste, e queria controlar. Achava que poderia fumar
apenas 3 cigarros por dia. Mas voltei a fumar meus 2 maços e meio e tentando
diminuir o consumo.
Graças a Deus tive outra crise
de interrupção do fluxo de bilis, só que desta vez com infecção, isso em 1º de
Janeiro de 2005, fiquei um tempo no PS Central, mas como eu e o enfermeiro não
batiamos bem, acabei saindo e tamando o antibiótico por conta. Mas uma grande
alma comentou comigo que a bilis no sangue fazia com que se perdesse a vontade
de fumar. E graças a isso comecei a sentir que aquilo era real, mas continuei
fumando.
Em Julho a coisa estava muito
pior, pois além do entupimento ainda havia a infecção que não tinha sido
debelada pelos antibióticos. Fui para a mesa de operação no dia 27 de Julho de
2005 e desde esse dia não ponho um
cigarro na boca.
Posso me considerar um cara de
sorte, pois graças a minha vesícula, pude parar de fumar, mas sei que se
colocar um só cigarro na boca volto a fumar o que fumava.
Tudo isso me valeu de
experiência e um anjo ou um cara muito legal, que não sei o nome, não sei onde
mora ou onde vive, me fez o grande favor de avisar que eu não tinha mais
vontade de fumar pela doença e eu pode deixar de fumar não sem antes sofrer as
consequências da minha estupidez.
Percebam que isso só foi possível
por que eu pude fumar livremente apesar que nenhum adulto aconselhava a se
fumar e oprimiam a prática. Mas não era proibido.
Graças a isso sou um indivíduo
melhor hoje por que conheço mais sobre a vida e sobre mim. Dei sorte de sair do
cigarro, mas outros não saem como meu tio que perdeu perna e tinha uma série de
problemas de coração por fumar. Lembro até hoje que o cigarro que ele fumava
era Luiz XV sem filtro, essa foi a imagem que ficou em mim. Mas era um grande
homem.
Acredito que o que nos
dificulta a vida são fatos que nos permite aprender sobre a vida. A questão e
não se ter orgulho para perceber o que a vida nos mostra.
Veja que a proibição evita que
a pessoa se arrependa do ato que desejou ou perpetrou e assim nunca poderá
evoluir naquele sentido.
O mesmo no caso do aborto.
Para algumas mulheres nada significará um aborto, mas para outras as coisas
podem ser gravíssimas, pela depressão constante ou pela perda de poder
engravidar no futuro, além de problemas de infecção e outros problemas
clínicos.
Como ninguém é dono de seu
futuro, nunca se saberá que um ato, digamos, pejorativo ou um assassinato, pois
aborto é um ato de violência extrema a um ser que precisa totalmente da
proteção da mãe e do pai será resposabilizado no futuro por esse ato. Pode não
acontecer, mas pode ser imediato. Assim a própria vida é a professora do
descontrole, não importando se irá acontecer no curto prazo, médio prazo ou
longo prazo, isso irá ser cobrado um dia e se não se perceber na primeira vez,
será reforçado com custos maiores como a minha vesícula e a reestruturação do
meu colédoco.
Eu acho que a vida de
inocentes é muito cara para se manter a proibição de alguma coisa, isso está
mais envolvido com corrupção que na verdade qualquer bondade governamental.
Vejam que a Inglaterra em 1815
aboliu a escravatura e exigiu que todos os países que comercializavam com ela
fizessem o mesmo. Isso só ocorreu por que a revolução industrial produzia um
excedente enorme quea arsitocracia não conseguiria consumir e havia uma necessidade
de mais consumidores. Obviamente não iriam aumentar o número de aristocratas
para ganhar sem fazer nada, então aboliram os escravos para que assim ganhando
salário pudessem comprar o que fosse produzido e que os nobres não queriam
comprar.
Todas as leis são feitas por
interesses comerciais, dificilmente por bondade ou necessidade da população.
O grande estadista é aquele
que sabe prever o futuro de uma nação e realiza o que é necessário como base
para preparar o país para esse futuro vislumbrado.
O governo que consome todos os
recursos com bondades sem futuro, apenas esta destruindo uma nação deixando com
que os carrapatos consumam tudo que poderá trazer prosperidade para essa nação.
A liberação da maconha deverá
vir com todas as restrições que existem para o cigarro e todo imposto cobrado
deve ir diretamente para a saúde, pois esses usuários serão no futuro
dependentes do Estado pela sua incapacidade de agir ou racicinar pela sua
própria vontade. E isso que acontece com o cigarro deveria acontecder com a
bebida de uma forma geral, afinal a bebida no volante mata e sem fiscalização
também.
Um pequeno adendo: Esta é a minha opinião, mas creio que isso deve ser
discutido pela sociedade e de forma adulta não emocional. Pois com uma liberação
dessas teremos problemas que podem ser previstos pela experiências das drogas
lícitas, assim se pode prever o custo das suas implicações e se a sociedade será capaz de resolvê-las não só para edulcorar a pílula, mas algo responsável que
permita termos um triunfo sobre isso como foi possível extirpar com a Varíola
no mundo. Que é possível, só depende da “honestidade” dos políticos
envolvidos.
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