terça-feira, 6 de maio de 2014

Legalização da Maconha




        O tema é esse, a legalização da Maconha. Existem vários aspectos que isso deve ser discutido pela sociedade, agora o principal é que o governo não é o pai de nenhum cidadão é apenas o responsável pela civilidade e manutenção de um estado de direito e das propostas constitucionais.
        A legalização da maconha, passa pela legalização do aborto, mas pelo amor de Deus, nunca pago pelo governo. Frisando: NUNCA. Afinal quem fez que cuide e se vire para agir conforme a sua consciência. Além desses dois temos o jogo, a prostituição e tantos outros vícios que estão por ai e que devemos saber como agir com eles. Proibi-los é o meio mais burro que existe e que a Lei seca americana já comprovou que apenas enriquecem corruptos e matam inocentes que não bebem, fumam, se drogam ou jogam.
        Todos esses vícios são pessoais e com a proibição são os outros que morrem, no caso da maconha teria o mesmo problema do cigarro, mas o jogo não afetaria ninguém além de quem joga. O Aborto seria a mesma coisa. Se drogar seria um caso pessoal como a bebida onde os que se excedem cometem atos tresloucados, mas controláveis e a vergonha sempre é uma arma útil, apesar do PT.
        Obvio que qualquer coisa que colocamos para dentro do organismo como o ar poluído de São Paulo nos faz mal, mas aceitamos por que ainda não há meios de termos um meio de transporte individual ou coletivo que não consuma óleo diesel, com exceção dos ônibus elétricos e bondes que seguem um caminho sem poder interromper ou mudar de sentido, assim não exigimos que tudo seja feito por ônibus elétrico e aceitamos o combustível fóssil.
        Vejam que por causa dos traficantes muitos morreram por bala perdida e muitos morreram, pois entraram em uma disputa, seja com uma gangue rival, seja com a polícia. Tanto policiais como traficantes morreram nessa disputa e inocentes foram pegos pelos tiros cruzados. Agora mais morreram por que se envolveram a tentar querer justiça por mortes de supostos inocentes que na verdade apoiavam os traficantes ou simplesmente era dedo duro e acabavam sendo justiçados no local que vivia.
        Os custos sociais com a proibição são enormes, pois sempre irá existir um mercado negro que vai se beneficiar da oferta e procura que o mercado formal não quer ou não pode atender.
        Se olharmos pelo lado do viciado, ou de quem aborta, ou de quem joga, ou de quem bebe, ou de quem fuma, será que somos RESPONSÁVEIS pela vida deles? Veja que eles entraram nessa por que quiseram, seja por que lhe ofereceram e quiseram experimentar, ou por que ficou curioso e o bicho do vício o pegou pelo colarinho.
        Desculpem isso é questão de educação ou de responsabilidade com seu próprio corpo. Quem quer se viciar seja no que for vai fazer isso. Todo mundo sabe que hoje querer ter uma filha virgem é raridade, por que elas se quiserem experimentar ou desejarem pela sua libido, vão encontrar um meio de realizar o desejo. É a vontade que comanda a vida e como vontade podemos dizer que são os sentimentos que comandam a vida. Exatamente por isso que a proibição é ineficaz sobre isso.
        Obvio que uma liberação forçará um aumento no consumo mais ou menos imediato, mas que irá se estabilizar depois de um tempo, que pode ser variável dependendo de como isso for feito.
        A única arma que o homem tem sobre a sua vontade é a consciência, ou a razão. Pelo raciocínio e lógica se pode mudar o que se sente ou tem vontade.

         Vou falar de algo pessoal. Fui fumante por 38 anos aproximadamente. Existe uma questão especial de pessoas que me ajudaram permitindo que ficasse doente. Fiquei com pedras na vesícula, mas houve possibilidades de soluções, não de cura, mas de limpeza do ducto colédoco que permitiu que a bilis continuasse a fluir em direção ao duodeno.

                O fato interessante disso foi que quando a bilis entrava diretamente na corrente sanguínea a vontade de fumar desaparecia, mas eu queria fumar, pois gostava, talvez ainda goste, e queria controlar. Achava que poderia fumar apenas 3 cigarros por dia. Mas voltei a fumar meus 2 maços e meio e tentando diminuir o consumo.
        Graças a Deus tive outra crise de interrupção do fluxo de bilis, só que desta vez com infecção, isso em 1º de Janeiro de 2005, fiquei um tempo no PS Central, mas como eu e o enfermeiro não batiamos bem, acabei saindo e tamando o antibiótico por conta. Mas uma grande alma comentou comigo que a bilis no sangue fazia com que se perdesse a vontade de fumar. E graças a isso comecei a sentir que aquilo era real, mas continuei fumando.
        Em Julho a coisa estava muito pior, pois além do entupimento ainda havia a infecção que não tinha sido debelada pelos antibióticos. Fui para a mesa de operação no dia 27 de Julho de 2005 e desde  esse dia não ponho um cigarro na boca.
        Posso me considerar um cara de sorte, pois graças a minha vesícula, pude parar de fumar, mas sei que se colocar um só cigarro na boca volto a fumar o que fumava.
        Tudo isso me valeu de experiência e um anjo ou um cara muito legal, que não sei o nome, não sei onde mora ou onde vive, me fez o grande favor de avisar que eu não tinha mais vontade de fumar pela doença e eu pode deixar de fumar não sem antes sofrer as consequências da minha estupidez.
        Percebam que isso só foi possível por que eu pude fumar livremente apesar que nenhum adulto aconselhava a se fumar e oprimiam a prática. Mas não era proibido.
        Graças a isso sou um indivíduo melhor hoje por que conheço mais sobre a vida e sobre mim. Dei sorte de sair do cigarro, mas outros não saem como meu tio que perdeu perna e tinha uma série de problemas de coração por fumar. Lembro até hoje que o cigarro que ele fumava era Luiz XV sem filtro, essa foi a imagem que ficou em mim. Mas era um grande homem.
        Acredito que o que nos dificulta a vida são fatos que nos permite aprender sobre a vida. A questão e não se ter orgulho para perceber o que a vida nos mostra.
        Veja que a proibição evita que a pessoa se arrependa do ato que desejou ou perpetrou e assim nunca poderá evoluir naquele sentido.
        O mesmo no caso do aborto. Para algumas mulheres nada significará um aborto, mas para outras as coisas podem ser gravíssimas, pela depressão constante ou pela perda de poder engravidar no futuro, além de problemas de infecção e outros problemas clínicos.
        Como ninguém é dono de seu futuro, nunca se saberá que um ato, digamos, pejorativo ou um assassinato, pois aborto é um ato de violência extrema a um ser que precisa totalmente da proteção da mãe e do pai será resposabilizado no futuro por esse ato. Pode não acontecer, mas pode ser imediato. Assim a própria vida é a professora do descontrole, não importando se irá acontecer no curto prazo, médio prazo ou longo prazo, isso irá ser cobrado um dia e se não se perceber na primeira vez, será reforçado com custos maiores como a minha vesícula e a reestruturação do meu colédoco.
        Eu acho que a vida de inocentes é muito cara para se manter a proibição de alguma coisa, isso está mais envolvido com corrupção que na verdade qualquer bondade governamental.
        Vejam que a Inglaterra em 1815 aboliu a escravatura e exigiu que todos os países que comercializavam com ela fizessem o mesmo. Isso só ocorreu por que a revolução industrial produzia um excedente enorme quea arsitocracia não conseguiria consumir e havia uma necessidade de mais consumidores. Obviamente não iriam aumentar o número de aristocratas para ganhar sem fazer nada, então aboliram os escravos para que assim ganhando salário pudessem comprar o que fosse produzido e que os nobres não queriam comprar.
        Todas as leis são feitas por interesses comerciais, dificilmente por bondade ou necessidade da população.
        O grande estadista é aquele que sabe prever o futuro de uma nação e realiza o que é necessário como base para preparar o país para esse futuro vislumbrado.
        O governo que consome todos os recursos com bondades sem futuro, apenas esta destruindo uma nação deixando com que os carrapatos consumam tudo que poderá trazer prosperidade para essa nação.
        A liberação da maconha deverá vir com todas as restrições que existem para o cigarro e todo imposto cobrado deve ir diretamente para a saúde, pois esses usuários serão no futuro dependentes do Estado pela sua incapacidade de agir ou racicinar pela sua própria vontade. E isso que acontece com o cigarro deveria acontecder com a bebida de uma forma geral, afinal a bebida no volante mata e sem fiscalização também.


Um pequeno adendo: Esta é a minha opinião, mas creio que isso deve ser discutido pela sociedade e de forma adulta não emocional. Pois com uma liberação dessas teremos problemas que podem ser previstos pela experiências das drogas lícitas, assim se pode prever o custo das suas implicações e se a sociedade será capaz de resolvê-las não só para edulcorar a pílula, mas algo responsável que permita termos um triunfo sobre isso como foi possível extirpar com a Varíola no mundo. Que é possível, só depende da “honestidade” dos políticos envolvidos. 

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