quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Torna-se difícil ser imparcial nas coisas que ocorrem em política no Brasil.
Estão tomando o depoimento das testemunhas, onde os principais articuladores da manobra, negam com veemência a existência do fato. Depois temos os partidos agraciados com o mimo e da mesma forma negam a sua existência. Com exceção do PTB que afirmam saber do assunto antes da divulgação pelo jornal.
Os deputados envolvidos que conseguiram se reeleger e estão na Câmara pressionaram o seu presidente o Dep. Temer, a colocar em votação uma emenda tirando o foro privilegiado das "Otoridades", com isso atrasam o processo, caso a lei seja aprovada, pois terão que ser enviadas aos tribunais de 1ª instância, mantendo o que já foi apurado até o momento.
Mesmo mantendo-se o que já foi apurado no STF, até que se consiga encaixar o julgamento se levará mais algum tempo e o prazo para prescrever acredito que seja em 2013. Assim teremos que todos saiam impunes de da mal versação do dinheiro público.
Essa estratégia está sendo urdida, por que acreditam que o Magistrado Joaquim Barbosa deva condenar os réus da ação, quebrando a tradição do STF de nunca ter condenado um congressista em sua história.
Por mais que o próprio PT negue a existência do mensalão, ao menos o Aurélio não traz em seu compendio o termo como da língua portuguesa, mas é só nisso que o PT tem razão, pois no plano físico da política ele existiu sim com todas as letras. E a prova é simples.
Sabemos que o congresso nacional é uma colcha de retalho com inúmeros interesses e com muitos caciques a controlar tais interesses, onde muitos deputados são apenas massa de manobra para fazer volume em votações.
Sempre se precisou lotear os ministérios para que se pudesse fazer passar as matérias de interesse do governo como agora no 2º mandato do Lulla. Mas em seu primeiro mandato, não se tinha um loteamento, apenas um cala boca para os partidos que sempre andaram de mãos dadas com o PT, deixando assim o grosso do ministério para os petistas administrarem.
Como conseguiram isso e conseguiam passar no congresso as matérias de seu interesse? Obviamente com o mensalão.
Assim dizer que não existiu e denunciar o mensalão mineiro que ao que tudo indica foi a troca da não cassação do Eduardo Azeredo do PSDB, contra a não cassação do Lulla, é muita cara de pau e sem o mínimo de ética ou moral para assumir a responsabilidade que fizeram a coisa de forma incompetente e fraudulenta, apenas pela ganância de poder que o petismo possui e deseja.

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