sábado, 5 de julho de 2014

Compostagem ou Reciclagem?






        Infelizmente, não existe uma política de responsabilidade e muito menos de estado. Assim vivemos constantemente com absurdos como esse, de compostagem doméstica.
        Atualmente muitas pessoas em São Paulo tem uma vida atribulada e assim trabalham e se ocupam disso praticamente o dia todo, além é claro de perder mais de 3 horas por dia em condução.
        Se fizermos um cálculo básico sobre isso, teremos aproximadamente 12 horas que uma pessoa fica distante de casa. Se pensarmos que em média dormimos 8 horas, sobram para cuidar da casa, fazer janta, lavar roupa, passar roupa e relaxar na frente da TV.
Estou fazendo essa suposição, pois muitas mulheres trabalham como seu marido, outras são divorciadas e vivem suas vidas corridas principalmente se tiver filhos, assim a indústria de comida pronta agradece e se desenvolve plenamente em um enorme centro como o paulistano.
        Neste sentido teremos muito mais embalagens jogadas fora no lixo que mero resto de maçã no cesto de lixo. Notem que há dependendo da região paulistana o lixo reciclável será muito superior ao detrito orgânico.
        Além disso, o detrito orgânico causa mal odor, pode ser que um só dos vizinhos fazendo isso possa ser insignificante, mas imagine um bairro todo fazendo isso. Creio que teremos novamente a Usina de compostagem da Rua Guaipá sendo reativada ou então do Matarazzo na entrada da Ibitirama na cidade de São Caetano voltando a produzir seu sal de Enxofre.
        Obviamente isso pode ser uma solução para a periferia de São Paulo, com isso teremos o pessoal, se quiserem trabalhar e não ficar varrendo com suas reivindicações nas zonas nobres da cidade, terão meios de uma alimentação mais saudável além de economizar na feira.
        Mas uma das grandes diferenças é que a zona central de São Paulo, ie, o centro expandido, o pessoal tem mais consciência política e responsabilidade quanto à reciclagem que o pessoal da periferia, mas não tem tempo para ficar lixo reciclável em seu carro para lixeiras especiais se é que em São Paulo isso existe. Em São Bernardo tinha.
        Então como o reciclável ocupa mais lugar pelo volume que ocupa e não ser uma coisa rapidamente consumida e transformada pela natureza, nós teremos lixões de reciclados e a aparência de um ferro velho e não de uma colina com grama com um aspecto mais agradável ao olhar.
        Bom esse tipo de política deve ser muito mais ampla que mera colocação desesperada de políticos que só visão ganhar eleições e não solucionar os problemas de crescimento populacional de uma cidade como São Paulo.
        Não sei informar como o projeto de reciclagem em São Bernardo vem se desenvolvendo, pois estava em fase de teste e com poucos bairros, onde um caminhão passava um dia por semana recolhendo todo o reciclável que a vizinhança considerava e colocava para ser levado. Para mim o volume de lixo reduziu drasticamente no sentido de número de sacos plásticos apenas com os detritos orgânicos.
        Não sei também dizer do motivo de em São Paulo foi tentado realizar algum processo de separação de lixo, mas nada surtiu resultado, não sei se por questões de mudança de prefeito ou se realmente há algum problema de novos hábitos dentro da população.
        Além disso, a maioria da população da cidade se encontra na área central com inúmeros prédios de apartamentos onde a concentração de pessoas se torna muito superior à periferia da cidade. Com isso o lixo reciclável se torna muito mais agressivo à natureza pelo volume do que um lixo orgânico que se transforma em húmus e fomenta a adubagem da terra onde foi depositado.
        Assim essa política de compostagem além de burro é incapaz de resolver o problema do lixo na cidade como também o pagamento de drogados para serem retirados de uma área que as construtoras estão muito interessadas em reavivar e ganhar muito dinheiro e nós pagamos tudo, sejam as ações do Serra-Kassab ou agora com o poste do Lulla o senhor sumidade Haddad, que não conseguiu fazer um ENEM sem que a prova vaza-se para a mão de alguém doido para dar a taxa de sucesso.
        Infelizmente áreas prioritárias dessa nação não tem uma política de Estado, como em Saúde, Educação e Segurança, ao meu modo de ver a nível federal e assim descendo aos outros níveis. No caso da prefeitura a política de estado tem que ser voltada aos principais problemas da cidade como transporte, lixo, fiscalização e talvez outras áreas que possam ser uma prioridade para o município. Obviamente em “xiririca da serra” a prioridade deve ser outra, mas São Paulo lixo e transporte são sempre prioridades e assim mereceriam uma política de Estado.
        O que quer dizer política de Estado: Uma política imutável ou ao menos não dependente de um partido ou outro ao entrar no poder e ter seu gerenciamento com o objetivo final a ser atingido, sem mudar o método, mas aperfeiçoando, ie, quer dizer promover mudanças comprovadamente eficazes no país e não necessariamente importadas, sem alterar a estrutura principal, mas situações especificam do processo total. Desta forma reduz-se a corrupção na área e se tem tempo de testar a proposta em uso sem que seja interrompida com uma nova administração. Sempre que há uma mudança de estruturação política de uma área se cria uma nova porta dos fundos para que assim possam ter meios de corromper ou aliviar com manobras administrativas o roubo e tornando-o legal como a compra de votos pelo PT com o bolsa-esmola.

        Por isso essa politicalha de compostagem é medíocre e ineficiente, já que não irá resolver o problema de São Paulo.

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