Infelizmente,
não existe uma política de responsabilidade e muito menos de estado. Assim vivemos
constantemente com absurdos como esse, de compostagem doméstica.
Atualmente
muitas pessoas em São Paulo tem uma vida atribulada e assim trabalham e se
ocupam disso praticamente o dia todo, além é claro de perder mais de 3 horas
por dia em condução.
Se
fizermos um cálculo básico sobre isso, teremos aproximadamente 12 horas que uma
pessoa fica distante de casa. Se pensarmos que em média dormimos 8 horas,
sobram para cuidar da casa, fazer janta, lavar roupa, passar roupa e relaxar na
frente da TV.
Estou fazendo essa suposição, pois muitas
mulheres trabalham como seu marido, outras são divorciadas e vivem suas vidas
corridas principalmente se tiver filhos, assim a indústria de comida pronta
agradece e se desenvolve plenamente em um enorme centro como o paulistano.
Neste
sentido teremos muito mais embalagens jogadas fora no lixo que mero resto de
maçã no cesto de lixo. Notem que há dependendo da região paulistana o lixo
reciclável será muito superior ao detrito orgânico.
Além
disso, o detrito orgânico causa mal odor, pode ser que um só dos vizinhos
fazendo isso possa ser insignificante, mas imagine um bairro todo fazendo isso.
Creio que teremos novamente a Usina de compostagem da Rua Guaipá sendo
reativada ou então do Matarazzo na entrada da Ibitirama na cidade de São
Caetano voltando a produzir seu sal de Enxofre.
Obviamente
isso pode ser uma solução para a periferia de São Paulo, com isso teremos o
pessoal, se quiserem trabalhar e não ficar varrendo com suas reivindicações nas
zonas nobres da cidade, terão meios de uma alimentação mais saudável além de
economizar na feira.
Mas
uma das grandes diferenças é que a zona central de São Paulo, ie, o centro expandido,
o pessoal tem mais consciência política e responsabilidade quanto à reciclagem
que o pessoal da periferia, mas não tem tempo para ficar lixo reciclável em seu
carro para lixeiras especiais se é que em São Paulo isso existe. Em São
Bernardo tinha.
Então
como o reciclável ocupa mais lugar pelo volume que ocupa e não ser uma coisa
rapidamente consumida e transformada pela natureza, nós teremos lixões de
reciclados e a aparência de um ferro velho e não de uma colina com grama com um
aspecto mais agradável ao olhar.
Bom
esse tipo de política deve ser muito mais ampla que mera colocação desesperada
de políticos que só visão ganhar eleições e não solucionar os problemas de
crescimento populacional de uma cidade como São Paulo.
Não
sei informar como o projeto de reciclagem em São Bernardo vem se desenvolvendo,
pois estava em fase de teste e com poucos bairros, onde um caminhão passava um
dia por semana recolhendo todo o reciclável que a vizinhança considerava e
colocava para ser levado. Para mim o volume de lixo reduziu drasticamente no
sentido de número de sacos plásticos apenas com os detritos orgânicos.
Não
sei também dizer do motivo de em São Paulo foi tentado realizar algum processo
de separação de lixo, mas nada surtiu resultado, não sei se por questões de
mudança de prefeito ou se realmente há algum problema de novos hábitos dentro
da população.
Além
disso, a maioria da população da cidade se encontra na área central com
inúmeros prédios de apartamentos onde a concentração de pessoas se torna muito
superior à periferia da cidade. Com isso o lixo reciclável se torna muito mais
agressivo à natureza pelo volume do que um lixo orgânico que se transforma em húmus
e fomenta a adubagem da terra onde foi depositado.
Assim
essa política de compostagem além de burro é incapaz de resolver o problema do
lixo na cidade como também o pagamento de drogados para serem retirados de uma
área que as construtoras estão muito interessadas em reavivar e ganhar muito
dinheiro e nós pagamos tudo, sejam as ações do Serra-Kassab ou agora com o
poste do Lulla o senhor sumidade Haddad, que não conseguiu fazer um ENEM sem
que a prova vaza-se para a mão de alguém doido para dar a taxa de sucesso.
Infelizmente
áreas prioritárias dessa nação não tem uma política de Estado, como em Saúde,
Educação e Segurança, ao meu modo de ver a nível federal e assim descendo aos
outros níveis. No caso da prefeitura a política de estado tem que ser voltada
aos principais problemas da cidade como transporte, lixo, fiscalização e talvez
outras áreas que possam ser uma prioridade para o município. Obviamente em “xiririca
da serra” a prioridade deve ser outra, mas São Paulo lixo e transporte são
sempre prioridades e assim mereceriam uma política de Estado.
O
que quer dizer política de Estado: Uma política imutável ou ao menos não
dependente de um partido ou outro ao entrar no poder e ter seu gerenciamento
com o objetivo final a ser atingido, sem mudar o método, mas aperfeiçoando, ie,
quer dizer promover mudanças comprovadamente eficazes no país e não
necessariamente importadas, sem alterar a estrutura principal, mas situações
especificam do processo total. Desta forma reduz-se a corrupção na área e se
tem tempo de testar a proposta em uso sem que seja interrompida com uma nova
administração. Sempre que há uma mudança de estruturação política de uma área
se cria uma nova porta dos fundos para que assim possam ter meios de corromper
ou aliviar com manobras administrativas o roubo e tornando-o legal como a compra
de votos pelo PT com o bolsa-esmola.
Por
isso essa politicalha de compostagem é medíocre e ineficiente, já que não irá
resolver o problema de São Paulo.
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