sábado, 25 de janeiro de 2014



        Adoraria poder dizer que tem um espaço em São Paulo que seria o mais amado por mim da minha querida cidade, mas é impossível determinar este lugar, pois toda ela me fez aprender algo da vida e de sua importância na evolução dos tempos, mostrando um passado que se moderniza.
        A Av. Paulista é tão importante quanto uma vila de italianos na Moóca, ou o Museu do Imigrante, ou a Lapa City, ou o centrão na Praça da Sé e Clóvis Beviláqua, quando ainda eram separadas e houve a implosão do Mendes Caldeira tornando-se um evento televisivo do primeiro prédio a ser implodido no País.
        São Paulo é rica, linda em seu cinza concreto, pois mostra o fulgor e o progresso de seu povo, seja ele nativo, os imigrantes ou os migrantes, formando uma multiculturalidade distinta.
        Assim defini como amor à minha cidade à Mooca onde nasci e me criei, com suas fábricas, seus operários passeando pelas ruas do bairro de forma apressada ainda na escuridão da madrugada para poder marcar seu cartão de ponto pela responsabilidade familiar que detinha.
        Um bairro como tantos outros que formaram o desenvolvimento e o progresso do país fornecendo bens e serviços a toda uma nação, permitindo que avançasse mais rapidamente para diminuir a distância do marasmo colonial gerando riquezas ao seu povo.
        Hoje os espaços que estou apresentando estão modificados, pelo progresso e a transferências dessas empresas para áreas comerciais ou de moradias, umas que parece continuar intacta, apesar de abandonada é a Cia. Antárctica Paulista na Av. Presidente Wilson, cuja história passa pela Fundação Zerrenner.
        O Crespi na Rua Taquari, onde em 1917 ocorreu ou teve início e primeira greve geral brasileira, onde havia sua creche muito bem conceituada no bairro.
        A Cia. União dos Refinadores que praticamente se tornou monopólio em açúcar após a Cooperçúcar assumir seu controle e nunca mais ter havido fila para compra de açúcar em mercados ou em setores de abastecimento.
        O Di Cunto com seus pães, bolos, panetone e outras iguarias valorizando a cozinha italiana como um todo.
        Não há como expressar um local que possa ser mais importantes nos meus sentimentos que o bairro como todo, são muitas lembranças e recordações agradáveis. Assim, apenas expresso meu amor por um pedaço da minha amada cidade que só é completa quando todos os outros bairros se juntam a minha amada Moóca.

        E como todo bom bairrista mooquense: a Moóca não é um bairro, mas um país incrustado no coração de São Paulo.

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