Adoraria poder
dizer que tem um espaço em São Paulo que seria o mais amado por mim da minha
querida cidade, mas é impossível determinar este lugar, pois toda ela me fez
aprender algo da vida e de sua importância na evolução dos tempos, mostrando um
passado que se moderniza.
A Av. Paulista é tão importante quanto
uma vila de italianos na Moóca, ou o Museu do Imigrante, ou a Lapa City, ou o
centrão na Praça da Sé e Clóvis Beviláqua, quando ainda eram separadas e houve a
implosão do Mendes Caldeira tornando-se um evento televisivo do primeiro prédio
a ser implodido no País.
São Paulo é rica, linda em seu cinza
concreto, pois mostra o fulgor e o progresso de seu povo, seja ele nativo, os
imigrantes ou os migrantes, formando uma multiculturalidade
distinta.
Assim defini como amor à minha cidade à
Mooca onde nasci e me criei, com suas fábricas, seus operários passeando pelas
ruas do bairro de forma apressada ainda na escuridão da madrugada para poder
marcar seu cartão de ponto pela responsabilidade familiar que
detinha.
Um bairro como tantos outros que
formaram o desenvolvimento e o progresso do país fornecendo bens e serviços a
toda uma nação, permitindo que avançasse mais rapidamente para diminuir a
distância do marasmo colonial gerando riquezas ao seu
povo.
Hoje os espaços que estou apresentando
estão modificados, pelo progresso e a transferências dessas empresas para áreas
comerciais ou de moradias, umas que parece continuar intacta, apesar de
abandonada é a Cia. Antárctica Paulista na Av. Presidente Wilson, cuja história
passa pela Fundação Zerrenner.
O Crespi na Rua Taquari, onde em 1917
ocorreu ou teve início e primeira greve geral brasileira, onde havia sua creche
muito bem conceituada no bairro.
A Cia. União dos Refinadores que
praticamente se tornou monopólio em açúcar após a Cooperçúcar assumir seu
controle e nunca mais ter havido fila para compra de açúcar em mercados ou em
setores de abastecimento.
O Di Cunto com seus pães, bolos,
panetone e outras iguarias valorizando a cozinha italiana como um
todo.
Não há como expressar um local que possa
ser mais importantes nos meus sentimentos que o bairro como todo, são muitas
lembranças e recordações agradáveis. Assim, apenas expresso meu amor por um
pedaço da minha amada cidade que só é completa quando todos os outros bairros se
juntam a minha amada Moóca.
E como todo bom bairrista mooquense: a
Moóca não é um bairro, mas um país incrustado no coração de São
Paulo.
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