Estive pensando sobre a grande revolução dos hábitos que ocorreu nas décadas de 60 – 70.
São Paulo sempre foi um Estado de transformações. Mais pelo seu poder econômico que por uma cultura própria da população. Como a migração era forte no Estado muitas informações distintas passeavam dentro do seu cotidiano e muitos brasileiros talentosos aqui se encontravam por termos mais condições econômicas que o resto do país.
A TV surge aqui, porque tínhamos a indústria desenvolvida e como existia a necessidade de publicidade podiam sustentar a novidade televisiva. Além de existir um bom mercado consumidor na capital. Mas isso tudo foi possível com a imigração. Foram os europeus que nos deram a base para nos tornarmos o Estado que somos hoje. Sendo mais honesto, forma os bandeirantes os precursores disso. Com o seu arrojo e sentido aventureiro deram uma personalidade ao Estado que congregou todo país em um solido bloco nacional. Os europeus imigrantes forma os que introduziram a cultura européia do Século XIX junto aos nativos brasileiros e portugueses do começo da república e do inicio do Século XX. Tivemos a imigração até os anos 50 depois ela se tornou mais pontual, mas sempre direcionada pelas guerras que aconteciam em outros países ou na implantação de regimes de exceção.
Com o surgimento da classe operária, com ela também surgiu o anarquismo e o marxismo. Duas filosofias que foram criadas pela revolta e contestação que se faz de amorosa e reivindicam a efetiva prática da filosofia cristã.
Ambas em seu contexto geral são mais próximas ao contexto cristão como no caso do marxismo onde transforma todos em uma grande família ou o anarquismo que aceita a liberdade alheia como algo universal, mas nos detalhes oprime e extingue pessoas e expectativas.
O Capitalismo está mais afeito à índole competitiva do homem, onde se vence obstáculos e se progride através do risco de errar. Assim mais natural à personalidade geral do homem. Perdemos a competitividade quando atendemos as necessidades básicas de subsistência. Assim em algumas situações onde existe a garantia de emprego vitalício e um salário compatível além da satisfação de estar exercendo uma função agradável, vive-se em um paraíso utópico em relação ao restante da população que sobrevive das agruras das incertezas.
Assim possuímos uma variação critica de sistemas filosóficos interagindo dentro de um mesmo espaço e assim criando o choque.
Este foi o choque dos anos 60 – 70. Onde na verdade tínhamos uma sociedade fortemente materialista, repressora e patriarcal, onde toda a rebeldia da juventude da época conseguiu transformar nos anos vindouro em algo mais liberal no sentido ético.
A grande transformação que não se conquistou, foi a mais básica de todas elas; A ACEITAÇÃO DO PRÓXIMO. Essa foi a grande mudança que foi promovida e que pouco se conquistou com ela. Ainda temos e em publicidade governamental a luta de classes que não existe, pois são interdependentes uma das outras, pois sem a Classe E não existe a Classe A.
A homossexualidade que deve ser aceita como opção pessoal e não como um mal social, mas sendo punida a indução de outros à sua prática.
Compreender a cultura distinta das regiões brasileiras e aceita-la com suas deficiências e políticas regionais distintas para levar o progresso á todas as regiões do país, sem na verdade optar pelas mais fáceis como o desmatamento amazônico, pois o custo posterior é muito maior que o lucro auferido com o desmate.
Ter a mulher como aliada e não como uma competidora no jogo do amor, onde elas ainda esperam o príncipe encantado e o eles a santa caída do céu. A mulher ainda não compreendeu que as caricias que tanto desejam nada mais induzem, do que tornar o homem o cafajeste que tanto elas abominam. A mulher não procura o amor, mas a caricia, o desejo de ser proclamada a mais bela a mais saborosa, a mais excitante. O homem em contra partida tem a necessidade insana de acalmar a sua libido extremamente volúvel, para que possa retornar a pensar com o seu cérebro e não com a cabeça. Assim eles aprendem o que as mulheres desejam e elas tentam se vingar quando percebem que foram iludidas com aquilo que desejaram.
Na verdade a revolução cultural dos anos 60 -70, apenas liberou das amarras seculares do sexo, mas não produziu uma compreensão sobre a responsabilidade que cada um possui sobre a sua própria vida e que é o único responsável por toda dificuldade que possa ter na vida, seja ela política, pelos políticos que coloca no poder, ou pelo simples envolvimento com pessoa que tem padrões distintos dos seus.
Ainda temos um caminho muito longo para seguir e de transformações onde a disputa extrema pelo poder apenas induzirá ao retardamento desse desenvolvimento. Temos a necessidade da liberdade para podermos perceber o que é melhor ou pior para nós. A opressão da Igreja sempre foi decantada como um grave problema para o desenvolvimento humano, mas alterarmos a religião para o tirano estado, estamos apenas mudando seis por meia dúzia e isso apenas será frustrante e dificultará terrivelmente a nossa evolução humana.
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