quarta-feira, 16 de junho de 2010

Sobre o aumento de 7,7% aos aposentados.

Na minha opinião, foi uma tremenda irresponsabilidade do Lulla dar o aumento aos aposentados nessa altura de seu governo. 
Logo no começo do governo o Ciro Gomes colocou uma proposta que achei viável. Se estabelecia um programa de aposentadoria onde iriam participar apenas os que conseguissem o primeiro emprego após a sua implantação. Ie, após o projeto ser sancionado quem iniciasse seu trabalho com carteira assinada estaria automaticamente enquadrado nesse sistema. Onde haveria investimento do dinheiro em ações e desenvolvimento de projetos lucrativos como fazem os fundos de previdência. Isso geraria uma poupança e desenvolveria o país. E após 35 anos trabalhados ele poderia receber a sua aposentadoria referente ao que contribuiu e ao que rendeu o fundo dividido, pelos participantes dos que iniciaram seu trabalho no mesmo ano. 
Por questões de interesse dos mais escusos e dos custos que iriam gerar ao governo essa proposta foi ignorada e esquecida. Mas os diversos governos são os maiores responsáveis pela situação da previdência atualmente. Difícil definir o maior responsável, já que todos se locupletaram dos recursos da previdência. 
Houve um caso irônico no tempo da ditadura militar, onde resolveram depois de gastar uma fortuna com mármore, granito, madeiramento e acabamentos caríssimos, colocaram um lustre na sala de reuniões onde o custo do dito cujo extrapolava qualquer bom senso como os cinzeiros de R$ 400.000 da Universidade de Brasília.
Jucelino para construir Brasília usou esse dinheiro. Vargas oficializou a previdência para poder financiar o PTB que estava surgindo. Os militares para podem reduzir o déficit da previdência dos industriários, uniu todas as previdências e assim gerar o déficit em todas e não em apenas uma. Além de alterar a carga do imposto tanto para o funcionário como para a empresa, além de criar impostos para suprir o déficit como a cofins.
O erro é que todos presidentes empurraram com a barriga e toda e qualquer reforma se baseou em reduzir o ganho salarial do pessoal que produziu a nação, aquele que carregou o país nas costas e deu emprego para funcionários publicos que tem garantia de emprego após passar no exame de admissão, ou os que nem fizeram exames e foram empossados na base da canetada e hoje se sentem no direito de exigir as maiores mordomias governamentais, além de terem garantido 100% do salário ao se aposentar. 
Assim não posso aceitar que o Lulla por medo de perder votos e assim correr o risco de não eleger seu trator, clone, ou mandato tampão, para concluir seu sonho de poder e supremacia. E canetar uma emenda visivelmente prejudicial ao sistema e que infelicitará mais a frente esse mesmo pessoal que que lutou para seu parco aumento de 1,6% a mais no que lhe havia prometido. 
O que foi aprovado em 88 com a nova constituição era que se o empregado havia sido aposentado com 5 salários mínimos deveria ser mantido esse padrão até o fim de seus dias. Mas como gerava déficit ao sistema, resolveram que de novo o aposentado deveriam continuar pagando imposto indireto com a redução de seus direitos. Eles merecem que seja reestabelecido aquilo que lhes foi acordado, o mesmo valor em salários mínimos que quando se aposentou e assim continuar mantendo a sua dignidade intacta e transparente que obviamente movimentaria o mercado de turismo gerando mais empregos e recursos.
O Lulla deu aumento real ao salário mínimo, deu aumentos estratosféricos ao funcionalismo, e vive aumentando o número de funcionários desnecessários no governo, fazendo uma politicagem de distribuição dos recursos para garantir que a máquina funcione conforme seu interesse pessoal e partidário e não fez a reforma da previdência pois não quis assumir o ônus de ter que manter a previdência deficitária até que o sistema se responsabilizaria em fazer seu equilibro ao longo do tempo .
Para mim o Lulla é o único responsável por ter ficado em uma sinuca de bico, onde vetar ele perderia votos e dando o aumento ele deu um problema futuro ao novo presidente ou para ele mesmo em 2014.

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